Governistas rejeitam convocação da secretária de Saúde
“Quantas pessoas mais precisam sofrer para esta Casa tomar uma atitude?”, questiona o vereador Maurício Carravetta. Na última semana, a grave situação da saúde pública no município voltou ao centro do debate na Câmara de Vereadores.
Um requerimento apresentado pelo vereador Maurício Carravetta, em conjunto com os parlamentares Eraldo Roggia, Alex Boscaini, Jonas Rodrigues, Eda Regina e Marco Antônio Borrega, solicitava a convocação da secretária Municipal de Saúde, Michele Galvão, para prestar esclarecimentos sobre as condições do Hospital Municipal de Viamão.
A proposta, no entanto, foi rejeitada pela base aliada do governo. Entre os diversos problemas enfrentados pela população, o vereador Carravetta destacou o caso da morte de uma criança de apenas 2 anos e o de um jovem que sofreu um acidente de motocicleta e precisou ser levado para o centro cirúrgico carregado pelas escadas por falta de elevador funcionando. “Isso é desumano. Um hospital sem elevador, sem estrutura, sem condições mínimas de atendimento.
A que ponto chegamos?”, desabafou o vereador na tribuna. Segundo os parlamentares, o objetivo da convocação era buscar respostas sobre falhas estruturais, falta de equipamentos, escassez de profissionais e a demora no atendimento, que já se tornaram rotina para quem precisa utilizar o hospital público da cidade. Carravetta foi enfático: “Quando é a hora de falar sobre isso? Quantas pessoas mais precisam morrer para esta casa tomar uma atitude?”.
A indignação foi compartilhada por outros vereadores da oposição, que cobraram da administração municipal mais responsabilidade com a saúde da população. Para os vereadores, a rejeição do requerimento revela o alinhamento da base governista, que opta por proteger a gestão atual em vez de buscar soluções para a crise que afeta milhares de viamonenses.
A oposição reafirmou seu compromisso em fiscalizar e dar voz às demandas reais da população. “Não se pode mais aceitar a normalização do caos na saúde pública de Viamão. O povo merece respeito e dignidade, não desculpas e omissão”, concluiu Maurício Carravetta.